9 de setembro de 2013

avante: sonho ou pesadelo?

hoje prometo que respondo a todos os comentários em atraso destes últimos dias e visito os vossos blogs :) obrigada por não deixarem de cá vir, vocês são lindos!
bem, vou fazer o resumo destes 3 dias, que foi de loucos! se quiseres saber, estão à vontade, mas aviso que vai ser gigante!


1º dia:
Começou por volta das 18h, fomos ter com os nossos amigos, bebemos (e com isto digo eu e a R.) um pouco de vodkacola, mas a R. ficou bem mais "alegre" que eu (porque como tinha de tomar conta da minha prima também não quis abusar). Eu percebi que ela não estava a 100% quando se abraçou a mim a dizer que me adorava, e quando depois se pôs agarrada a mim a dizer "Oh Cláudia, eu quero o X!". Passados uns 30 min deixou de fazer efeito e a velha Ritinha voltou. (escusado será dizer que vou gozar com ela para o resto da vida!)

2º dia:
Nesse dia já bebemos um nadinha mais, e estava um pouco feliz, mas perguntei à minha prima se estava a agir de forma estranha e ela disse que não, por isso a única diferença é que estava mais desinibida e a falar com mais pessoas. Durante esse tempo de "felicidade" um rapaz do nosso grupo desatou a chorar, porque viu a ex com outro e só gritava "eu amei-a como nunca ninguém a vai amar! eu dei-lhe tudo o que tinha e não tinha! eu só a queria ver feliz! amo-a desde os 13 anos e tenho 17! namorámos dois anos e meio e ela em menos de nada já está com outro" e muitas mais coisas, terminando cada frase com "caralho". Eu não gosto (mas derreto-me toda) ao ver rapazes a chorar, e chegou a um ponto em que me passei! A minha ideia era ir dizer poucas e boas à gaja, mas não fazia a mínima ideia de quem ela era, então cheguei ao pé do dito rapaz (que não conhecia à mais de 24h), agarrei-lhe na cara e comecei o meu grande discurso de apoio. disse-lhe que não queria ver mais nenhuma lágrima, que ela não a merecia, que ele tinha de ser mais forte, que eu não o conhecia, mas via que ele era superior àquilo. (o factor "alcool" deixou-me mais desinibida que o normal, como já mencionei). depois de todo o discurso demos um mega abraço ao rapaz, e era bonito dizer que ele ficou bem, mas não, o alcool e os desgostos não são uma boa combinação e ele passou o resto da noite a chamar puta à ex e a dizer "caralho" no fim de cada frase. Entretanto tanto eu como a R. já estávamos bem a 100%, e eu fui beber uma caipiblack (que é mais fraca) e a R. bebeu uma caipirinha. Lá fomos para casa e a R. passou a noite a ir de 5 em 5 minutos à casa de banho, e deitou-se comigo, porque eu estava quente e ele gelada! às 7h da manha ela lá se levantou mais uma vez, e eu pensei que ia só beber água até que a oiço a vomitar. Fui a correr até à casa de banho e depois ficou tudo bem. (e com isto digo que lhe passou a maldisposteira e finalmente adormecemos as duas.)

3º dia:
A R. estava desde o inicio do dia a dizer que tinha o pressentimento de que algo ia correr mal. Chegamos à festa à tarde e ficámos um bocado à conversa com os nossos colegas. às 18h eu, a R. e outra rapariga que estava connosco, fomos almoçar e os nosso grupo decidiu ir comprar álcool sem nós, e trouxeram o dobro do álcool do dia anterior, porque "tinha acabado muito rápido". Quando chegámos à festa nós as 3 fomos estar com os pais da R., e com os meus pais, e buscar a minha prima, a A. quando chegamos ao pé do nosso grupo eles já estavam a beber à 1h e nós não sabíamos o quanto. entretanto tivemos lá com elas, bebemos um pouco, mas estávamos completamente controladas, e eu tive de ir levar a A. à mãe e afastei-me deles. Nisso a R. manda-me mensagem muito desesperada a dizer que eles já estão todos alterados, e cada um para seu lado, e ganda pandemónio, e que ela sozinha não os conseguia fazer esperar por mim, pois eles não ouviam ninguém. lá fui a correr e cheguei ao pé deles para ir-mos todos juntos ao concerto. Estávamos a ir (a R. a fazer de mãe deles todos que já estavam mais para lá do que para cá, e eu atrás deles a mantê-los minimamente na ordem) quando uma rapariga (a única que estava sóbria sem contar comigo, com a R. e com o Z) diz-me que a I. estava na casa de banho a vomitar. eu disse à R. para ir andando, pois eles não estavam em condições de lá estar sozinhos, e fui só buscar a I., pensando que ela estava simplesmente maldisposta. quando entro na casa de banho vejo a miúda molhada dos pés à cabeça, a vomitar as tripas e a revirar os olhos. em pânico eu e a outra rapariga levámo-la dali para fora e sentámo-la na relva (ou tentamos, porque assim que ela se sentou caiu para o lado e ficou deitada). Em pânico eu e a rapariga sóbria íamos chamar uma ambulância, pois duas rapariguitas não têm capacidade de tomar conta de alguém que nem reage à água! (sim, porque atiramos-lhe água e ela nem se mexeu. escusado será dizer que ia morrendo de ataque cardíaco). mas a melhor amiga da I, como é muito querida, não queria chamar uma ambulância, porque se a deixássemos ali dentada a dormir ela ia ficar bem (palavras dela). entretanto a R. ligou-me, a perguntar onde é que eu estava, se a I. já estava connosco, e porque é que ainda não tínhamos ido ao concerto. comecei a berrar com ela, a dizer que a I. estava deitada no chão, e mal se mexia, que só eu e a A. é que estávamos sóbrias, e que precisava que ela fosse ali ter connosco que estávamos em pânico. disse-lhe para ela agarrar nas pessoas mais sóbrias que tivessem ali e que viesse ter connosco. Ela sentiu o pânico na minha voz, e agarrou no P. (que estava, como ele disse, psicologicamente bem, porque se estava a controlar e a fazer um esforço do caraças para não dizer parvoíces e ser prestável, mas fisicamente precisava que alguém que o agarrasse pois podia ir contra um poste e já não via nada à frente). Lá veio ela a agarrá-lo por um braço, e quando chegou ao pé de nós viu o estado em que a I. estava e decidimos que tínhamos mesmo de ir chamar uma ambulância, então lá fui eu, a R e o P chamar os senhores do apoio, e lá foi a ambulância buscar a I. Quando vi a ambulância desatei a chorar, dos nervos e da vodka-laranja (que não tinha bebido quase nada). O P. começou a fazer um discurso todo filosófico, que apesar dele hoje não se lembrar, ajudou bastante e manteu-nos a todas unidas e de cabeça fria. Quando soubemos que a I. ia ficar bem, eu, a R. e o P. fomos tentar ver o concerto, que acabou quando chegámos, mas ainda deu para ouvir a carvalhesa (que é o espírito da festa, e podem ouvi-la aqui). estávamos todos abraçados. aconteceu mais naquela noite do que qualquer um de nós podia suportar. estávamos aos saltos e as lágrimas escorriam pela nossa cara, mas nós já não chorávamos, os sorrisos rasgavam-nos os lábios, mas não estávamos felizes, os gritos saiam da nossa garganta, para tentar afastar um sentimento que nem nós podíamos descrever. saltei até me arderem os músculos das pernas, e quando parei e olhei para o céu estava tudo a saltar à minha volta, ninguém sabia o que nós estávamos a sentir, aquilo com que tínhamos lidado. controlámo-nos durante demasiado tempo, mas naquele momento nada mais importava. quando acabou a festa eu e a R. levámos o P. a casa, que insistia em dizer que estava bem, e que nos ia levar a casa, mas não dizia coisa com coisa e só pedia para o agarrarmos se não ele caia. quando chegamos a casa o pesadelo acabou, apesar de termos ficado sem saber o que fazer, sem saber o que sentir. como o Z. mais tarde me disse, a dormência no cérebro deve ter sido da "moca".

se tivesse escrito isto ontem dizia-vos que a I. tinha entrado em coma alcoólico, e que estava pior que mal, mas hoje já falei com ela, e ela disse-me que não tinha estado em como alcoólico, e nem sequer tinha acordado com dor de cabeça. ficámos todos aliviados. decidimos não contar nada aos pais, porque ia ser pior para o nosso lado, e acabou por não fazer diferença. nestes momentos é que conseguimos ver quem são os verdadeiros amigos, e não foram de certeza os que foram para o concerto, e como vim a saber mais tarde "cagaram em nós". por isso obrigada aqueles que lá ficaram: ao Z, que nem conhecia a rapariga e mesmo assim foi com ela na ambulância, e ainda tomou conta duma amiga dela que estava super bêbada e incontrolável, obrigada à R. que não tinha de ter saído do concerto para ir ajudar-nos a resolver a situação, por ter perdido a noite, e por não ter esbofeteado ninguém, obrigada ao P., que apesar de estar a cair de bêbado conseguiu-se controlar ao ponto de não deixar ninguém para trás, manter-nos a cabeça fria quando mais precisávamos, abraçar-nos e dizer-nos que ia correr tudo bem e obrigada aos rapazes que nos vieram ajudar, mesmo sem nos conhecerem de lado nenhum, e manteram a calma por todos nós. ah, e claro, obrigada ao álcool, que fez com que maior parte de nós esquecesse o que se passou ontem (e isto é para o P. e para a própria I., que nos teve de ligar às escondidas pois não sabia o que se passava e os pais não lhe diziam) e que fez com que todos os acontecimentos tivessem sido vividos com pouco controlo e uma dormência sobre a nossa mente, o que, a meu ver, atenuou um pouco os efeitos.

5 comentários:

  1. Já reparei que estavas inspirada xD pelo menos temos uma mega história para contar e apesar de estar a ponderar hibernar e de estar constipada para caraças, já está tudo bem...Ah! E de nada, senhora lamechas ^^

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  2. Bem, que dias ! :o principalmente o 3º... ainda bem que a tua amiga já está melhor - imagino o susto que deves ter apanhado :s
    r: não ando a fazer dietas malucas, nem dieta quanto mais! e por isso mesmo é que é estranho. Agora decidi que o melhor é deixar o tempo passar e controlar bem o peso e depois logo se vê (:
    Sim, está a ser mesmo dificil descobrir-me mas com o tempo eu devo chegar lá - espero!
    Londres é mesmo o meu sonho, é o sitio onde eu me sinto mesmo bem e tenho mesmo de voltar lá custe o que custar (e acredita eu vou fazer por isso!)
    Obrigada pelo teu apoio linda c: ajudaste-me mesmo muito :D

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  3. isto é o que se chama um festival atribulado, ahn ?! o que interessa é q acabou tudo bem !

    r: é verdade. aquela mulher era/é uma perversa x)
    ó, se fores ao google e pesquisares por curiosidades aparece uma data de coisas do tipo !

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  4. Hahahahaha, tenho saudades de apanhar assim uma das grandes e de ir a concertos, mas pronto agora pra irá pra fac, n me vão faltar oportunidades
    R:pois, pra força aérea é preciso ter mesmo olhos bons.
    Claro, faz o teu leap of faith. N tenhas medo, apenas atirate

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  5. Experimentem beber água. Dá cá uma moca!!

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a vida é muito curta para guardares o que pensas só para ti!