29 de agosto de 2013

Capitulo 49 (parte 1) - "Devo-lhes cada sorriso"

da esq. p/ a drt.: eu, "Jeff", "Daniel", "Amy", "Carol", "Evelyn"
E mais um ano tinha passado, ou melhor, três anos tinham passado! Ainda há pouco tempo tinha entrado para uma turma onde não conhecia ninguém, apenas Dylan, por quem era loucamente apaixonada, e agora era o meu melhor amigo, nada mais. E Jeff, o rapaz de quem me lembrava de ter visto pela primeira vez, e que me tinha marcado, e não sonhava que o ia amar tanto como o amava agora! E Amy, que tinha logo quebrado o gelo e tornou-se na melhor amiga que alguém pode ter. Tornámo-nos mais dependente uma da outra do que devíamos, mas assim sabemos que vamos ter-nos sempre uma à outra. Evelyn e Carol eram umas loucas, mas as melhores amigas que se podia ter! Tínhamo-nos tornado as quatro inseparáveis e sabíamos que por mais coisas que acontecessem íamo-nos ter sempre umas às outras, e a nossa amizade nunca ia acabar! Daniel, apesar de envergonhado, era uma pessoa espetacular e gostava dele como se fosse meu irmão! Não queria que nada de mal lhe acontecesse e fazia de tudo para que ele fosse feliz. Mesmo não o mostrando muitas vezes, gostava mais dele do que ele podia imaginar.

Nós os sete, eu, Dylan, Jeff, Daniel, Carol, Evelyn e Amy, tínhamos entrado na sala no primeiro dia de aulas sem fazermos ideia de quem éramos, a pensar que nunca faríamos amizade com ninguém daquela turma, mas agora éramos inseparáveis, conhecíamos cada um de nós melhor do que a nós próprios. Passámos aqueles três anos juntos, nos altos e nos baixos, nos choros, nas gargalhadas, nas paixões, nos desgostos. Íamo-nos ter de separar, cada um ia para sua escola. Talvez tivessem ficado coisas por dizer, talvez eles não soubessem o que significavam para mim, mas espero que possam vir a saber.

Aqueles provavelmente não foram os melhores três anos da minha vida, talvez o 10º ano seja melhor, vou conhecer pessoas novas, talvez faça amizades tão fortes como fiz nestes três anos (o que duvido que aconteça). Mas nunca vou esquecer estes três anos, todas as pessoas maravilhosas que conheci, em especial, aqueles sete. Nestes três anos mudei, mudei mesmo muito. Cresci e evolui. Mas não fui a única. Amy está mais introvertida, apesar disso não a agradar, mas é a maneira dela ser, e por vezes gostava de ser como ela. Não lhe dava tanta atenção como ela merecia, mas não sei o que faria se ela não tivesse lá todas as vezes que eu precisei. Éramos incrivelmente dependente uma da outra, e ainda estávamos para descobrir se isso era bom ou mau. Eu por outro lado fiquei muito mais extrovertida, o que nem sempre era bom, mas gostava de quem era agora. Jeff ficou mais responsável, e o que nós tínhamos tornou-se algo muito mais sério do que nós tínhamos alguma vez imaginado! Tínhamos as nossas próprias piadas e compreendíamo-nos com o olhar. Tinha medo das férias, que ele deixasse de gostar de mim, apesar de milhões de vezes ele me ter prometido que nada ia mudar. Agora era esperar para ver e tentei aproveitar todos os segundos que tinha com ele, a tentar não entrar em pânico. Carol já tinha superado a paixão por Daniel, assim como Evelyn, e estavam prontas para ir mudar de ares, conhecer pessoas novas. Carol sempre fora extrovertida e isso não mudara. Era doida varrida, e era assim que gostávamos dela! Evelyn era mais calma. Tentava não se meter em sarilhos, se bem que connosco era complicado, e apesar do seu fetiche por todos os rapazes giros da escola, era a pessoa mais fiel e boa ouvinte que se podia ter. Dylan também tinha crescido, deixando as paixonetas de uma semana, e agora tinha uma relação bastante séria, que já durava à quase um ano. Se bem que com os ciúmes que a namorada sentia dele não me parece que o namoro fosse durar muito quando fossem para escolas diferentes, mas Dylan era forte e rapidamente se ia recuperar, numa escola cheia de caras novas. Daniel estava mais extrovertido connosco, mas apesar de continuar sem nunca falar dos seus sentimentos, sabíamos que ele gostava mesmo de nós. E nós gostávamos mesmo dele, e tentávamos tomar conta dele como se ele fosse o nosso irmão mais novo, apesar de ser provavelmente o mais alto de nós todos, mas temos de admitir, também o mais despassarado.

Aqueles três anos foram sem dúvida espetaculares, e, apesar de terem chegado ao fim, guardava comigo todos os sorrisos, todos os olhares. Era doloroso separar-me deles, apesar de saber que não me ia separar deles de todo. Queria abraçar cada um durante um tempo infinito, queria que continuássemos juntos no ano que vinha, mas talvez fosse melhor assim, pois a vida era mesmo assim, pessoas vêm, pessoas vão, mas os mais importantes nunca nos esquecem.

Vimo-nos uns aos outros a crescer, a mudar a personalidade, a passarmos das crianças que se tinham conhecido no sétimo ano para ser as mulheres e homens que somos hoje, e sem eles eu não seria quem sou. Devo-lhes cada sorriso e cada gargalhada. Que estes anos fiquem na memória de todos nós, e que nunca se esqueçam que apesar de separados, vamos estar mais juntos que nunca.

6 comentários:

  1. Simplesmente adorei *-*

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  2. a historia vai continuar a partir do 10 ano nao vai ? :) espero que sim . adoro-a!

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  3. Olá :D Venho avisar que mudei o link do meu blogue À Procura do meu Eu! Caso queiras continuar a seguir-me, já sabes o que tens a fazer, não é? Clica aqui - À Procura do meu Eu - para acederes ao novo link do meu blogue. Fácil! Um beijo*

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  4. é o destino. boa sorte para a motivação e não desistas :)

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a vida é muito curta para guardares o que pensas só para ti!