Como vos prometi, aqui vai um poema feito pela minha gorda (Amy=Rita) que tem o maior jeito do mundo!
Perguntei…
Perguntei à
noite, silenciosa como é
Se era um
mundo mais perfeito
Recebi um
sussurrar suave
Dizendo ‘no
meu mundo, não há defeito…
Não há
gritos, nem palavras feias
Apenas o
silêncio mais silencioso
De quem
descansa do sofrimento…’
Perguntei ao
dia, tão alegre como parece
Se escondia tais
segredos
Fez-me
entender que não
Pois só tinha
era medos…
Medos
diversos, na verdade…
O medo de
amar, o medo de sentir
O medo de
partir, o medo de errar
O medo de
saltar, o medo de arriscar
O medo de
nunca mais voltar a voar…
Perguntei ao
pássaro, que livre é certamente
Se era fácil
voar
Respondeu
que esse ato
Era tão
simples como respirar…
Depois, com
curiosidade
Perguntei
como se fazia
E se me
podia ensinar
Recebi uma grande
lição:
‘ Voar não
se aprende’, disse-me ele
‘Voar vem do
coração’…
Perguntei ao
vento indomável
Porque não o
conseguia ver
Disse-me que
sentir é suficiente
Para quem
sabe certamente
Que os olhos
nada são
Quando
comparados com o coração….
Acabei por
concordar com ele
Acabando por
entender
Que não há
nada mais valente
Que julgar
sem olhos ter…
Pois sem o
sentido da visão
Não há
defeitos, preconceitos, julgamentos
Não há
inimigos, pois estes são os olhos que os criam
Não há
errado ou feio, nem sequer o ‘ser banido’
Não há nada
que se possa interpor
Entre o
diferente ou o desconhecido…
Perguntei ao
fogo, sendo tão belo como é
Porque nos
queima e magoa
Afirmou que
tínhamos de perceber
Quão
perigoso o belo pode ser…
Perguntei ao
coração,
Se a
expressão ‘coração partido’, tinha uma ponta de verdade
Respondeu-me
que se alguém o partisse
O meu
sofrimento…iria parecer uma eternidade…
Depois,
perguntei-lhe outra vez
Se tinha
mesmo a certeza
Pois eu tinha
ouvido falar
Que segundo os
cientistas
Partir-se o coração
Era algo que
seria feito em vão…
Segundo
Eles, isso é impossível:
O coração
não se pode partir.
‘Então, e
agora coração…’
Disse-lhe
eu, amargamente
‘Como
explicas a verdade nessa triste afirmação?’
Riu-se de
mim e sussurrou suavemente:
‘A ciência que
nada sente, nada é
Comparada
comigo, que sou abraçado pelo sofrimento…
É como se
tentasses igualar
Lógica ao
mais profundo sentimento…
A lógica a
meu lado
Não tem
qualquer razão
Afinal,
quando amas…o que ouves?
A ciência ou
o coração?’
Perguntei à
minha alma
Porque está
escondida
Se é mais
bela que o corpo
Porque não
haveria de ser reconhecida?
Respondeu-me
que assim é
Porque só
aquele que a alma vê
Sem ligar ao
seu exterior
É que pode
ser honrado
Com todo o
meu amor…
Por fim,
perguntei ao mundo
Porque
tínhamos de partir
Porque
tínhamos de envelhecer
Porque
tínhamos de morrer…
Porque não
podíamos simplesmente,
Ser jovens
eternamente…
Olhou para
mim e disse
Que cada um
tem o seu tempo
Para
saborear o sabor da vida
Mas que nada
é eterno,
Daí a nossa
partida…
Continuou
dizendo
Que a morte
não é o fim
Por vezes, a
alma adormece
Descansa por
um bocado
Para mais
tarde poder regressar
Recuperando
tudo o que para trás foi deixado….
Outras, fica
por lá
Brincando
eternamente
Brincando,
sabendo que é livre
Como uma
criança que nada sente…
Noutras
vezes…
Simplesmente
fica adormecida
Quentinha
nos seus lençóis
No conforto
do sono
Pois, tal
como quando sonhamos
Sabemos que
nada nos pode magoar
Depois de
entrarmos nesse reino mágico
Nada de mau
nos pode alcançar…
Uau *o* Que LINDO!! A Ritinha tem imenso jeito para a cena xD Os meus parabéns à menina pelo poema que está lindíssimo!!
ResponderEliminarEu dou-los :D e sim, está lindo! :D
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